sábado, 14 de junho de 2014

inqualificável

Tenho em mim uma ansiedade que não se cala. 
Respiro para suportar o torpor que me toma os poros todos e seguir vivendo. 
Sinto que sou essa pessoas há tanto tempo... E nesse ponto a minha ânsia me puxa ao desespero. Tenho que escrever pois me alivia, 
[como um remédio que busca a solução e as pessoas que buscam os remédios com soluções embutidas.]

A minha solução é viver e pensar e sentir. 

Ainda que o que sinto me tire a tranquilidade, prefiro. 
As palavras sem sentido que saem dessa boca inquieta me são indiferentes. 
No máximo me impedem o contato direto comigo
[aquilo que eu poderia alcançar mergulhando no silêncio acolhedor da inexistência das palavras.]

E sinto um pouco mais as palavras querendo sair. Fortemente. 

Pelas companhias alheias, evito atuar fisicamente com as palavras. 
Me conformo em mantê-las no papel,
Na inexpressividade do que não é dito, mas escrito.

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