Tenho em mim uma ansiedade que não se cala.
Respiro para suportar o torpor que me toma os poros todos e seguir vivendo.
Sinto que sou essa pessoas há tanto tempo... E nesse ponto a minha ânsia me puxa ao desespero. Tenho que escrever pois me alivia,
[como um remédio que busca a solução e as pessoas que buscam os remédios com soluções embutidas.]
A minha solução é viver e pensar e sentir.
Ainda que o que sinto me tire a tranquilidade, prefiro.
As palavras sem sentido que saem dessa boca inquieta me são indiferentes.
No máximo me impedem o contato direto comigo
[aquilo que eu poderia alcançar mergulhando no silêncio acolhedor da inexistência das palavras.]
E sinto um pouco mais as palavras querendo sair. Fortemente.
Pelas companhias alheias, evito atuar fisicamente com as palavras.
Me conformo em mantê-las no papel,
Na inexpressividade do que não é dito, mas escrito.